Me vi algumas vezes nessa situação, diante de pessoas que estavam pensando, sentindo, alguma coisa que eu não conseguia identificar. Esta certeza velada das pessoas em relação a voçê, em relação ao que voçê fez...ou faz, gera uma dúvida atroz, uma voz interior fica ecoando "o que será que está acontecendo?" "será que é comigo? "e finalmente porque ninguém consegue viver assim, "devo estar viajando". Esta certeza do outro em relação a este "voçê" que não existe, que é alguém que foi descrito pelo seu inimigo, não te dá a chance de se defender, afinal, nada é revelado, o que "sabem" em relação a voçê é tão terrivel que não deve ser mencionado...Quem ousaria perguntar, a uma "louca, perturbada, alcólatra"? Quem daria uma chance de defesa a esta pessoa? "Afinal ela sempre pareceu tão normal, tão sensata...e estes devem ser os piores", não é assim que todos pensam?
Não é o que pensam do pai do meu filho, *afinal ele é um médico e está apto a diagnosticar. As aparências enganam...
Este pesadelo, este sentimento sufocante, estas dúvidas, nasciam no ambiente escolar de meu filho; esta instituição que vendia a idéia de que ali seria um "porto seguro" para todos nós, participa (até hoje), da rede de Alienação Parental criada pelo pai do meu filho.
Lembro-me de relatar a cordenadora, pedagoga, desta escola que a mudança no comportamento do meu filho, (motivo este por eu estar ali) devia-se ao fato de que o pai não estava mais permitindo que nosso filho voltasse pra casa, relatei que por este motivo eu estava iniciando o pedido para formalizar a guarda. Lembro-me de ter pedido ajuda, e de pedir também que confiassem em mim, que o comportamento violento que meu filho vinha manifestando era consequência de algo que estava acontecendo na casa do pai. Já que em raros dias eu conseguia driblá-lo para levar meu filho de volta pra casa.
Em outra ocasião estive lá com meu advogado para perguntar se algum profissional da escola fosse chamados para prestar depoimento, por parte do pai, o que fariam? Bem, eles nos responderam que O Centro Educacional não poderia se posicionar em questões referentes a vida pessoal dos alunos. Esta resposta eu não ouvi sozinha, lembre-se, eu estava na presença de um advogado.
Lembro-me de ter pedido aos prantos a uma professora, já que ela via o meu filho todos os dias e eu não, (para ve-lo teria que entrar com pedido de busca e apreensão), que desse muito amor a ele já que eu estava impossibilitada de faze-lo. Confiei nela, que me relatara que também era filha de pais separados, e que gostava muito de meu filho.
Para minha surpreza na audiência que decidiria a guarda de meu único filho, ESSA MESMA PROFESSORA, compareceu em juízo para prestar um FALSO TESTEMUNHO contra mim.
* Desculpe, mas a ironia é um paliativo contra a dor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário